A marinha brasileira mandou a corveta Angostura para tentar desencalhar o Camboinhas, mas a corveta se aproximou demais
da praia e também foi jogada contra a areia.
Quase um mês depois, puxada por três rebocadores de alto mar (Tritão, Triunfo e Tridente), além de duas outras
corvetas (Imperial Marinheiro e Solimões) e com a ajuda da preamar, a Angostura foi desencalhada, mas o Camboinhas
não teve solução e foi desmontado no local.
Ainda hoje, os restos do casco do Camboinhas podem ser vistos durante a maré baixa. Devido a esse fato, essa região da praia
de Itaipu passou a ser chamada de praia de Camboinhas.
O bairro tem costa tanto na lagoa de Itaipu como no oceano Atlântico e era, originariamente, habitado por pescadores até
o ano de 1978, quando a empresa Veplan começou a lotear a área para fins de investimento imobiliário.
No período compreendido entre os anos de 1980 e 1991, o bairro experimentou crescimento populacional anual da ordem
de 14,84%, liderando as estatísticas da cidade neste quesito. Consequentemente, a população do bairro atingira 926 pessoas
em 1991 (0,21% da população total do município).
Em sua costa atlântica, a área é marcada por vegetação de restinga.
Em termos de ocupação, a região é dominada predominantemente pelas classes média e alta, sendo que 95,51% das residências
contam com coleta de esgoto (um dos índices mais avançados do país) e água encanada.
A PRAIA
É uma extensão da Praia de Itaipu: até o final da década de 1970, as duas praias eram unidas, somente vindo
a ser separadas com a criação do Canal de Itaipu, que passou a ligar a Lagoa de Itaipu ao mar.
As praias de Camboinhas e de Itaipu, que formavam uma única paisagem, foram separadas com a escavação de canal permanente, protegido por pedras, para acessar a marina que seria construída ao lado do apart-hotel erguido na restinga. A marina nunca existiu mas o canal permanente quebrou o ciclo natural de lagoa de arrebentação que Itaipú tinha — a de romper a sua barra arenosa, ligando-se ao mar, na época das chuvas.
Este processo, que se repetia anualmente, permitia que os cardumes saíssem do mar, subissem a correnteza e desovassem no interior da lagoa, de águas calmas e protegidas, perpetuando espécies.
A orla é repleta de quiosques especializados em frutos do mar e em petiscos, servidos em mesas à beira-mar.
É mais frequentada nos finais de semana.
A TRIBO GUARANY EM CAMBOINHAS
Eles são guardiões de uma Cultura Milenar, que é Brasileira e que nós pouco conhecemos!
Existe fortíssima pressão da especulação imobiliária nas áreas não edificadas, mas a tribo de índios Guarani da Aldeia de Camboinhas tem direito de viver ali em harmonia com os elementos da natureza, com os seres, com as pedras... preservando suas raízes e crenças, seu idioma,seus costumes, suas ocas, sua religião, seus rituais...
Um local de importância arqueológica de sambaquis, cemitérios indígenas!
Uma vez que a legislação brasileira reconhece aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, iremos esta área com a finalidade de apoiar este resgate conhecendo suas ocas no bairro de Camboinha, na região oceânica de Niterói.
Na extremidade leste da praia de Camboinhas, entre a praia e a lagoa de Itaipu, se localizou, entre 2008 e 2013, a aldeia guarani
Tekoá Itarypú(posteriormente, renomeada como Tekoá Mboy-ty).
Nesse ano, os índios se mudaram para o município vizinho de Maricá.