A SUPER BROMÉLIA
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Uma bromélia, parente do abacaxi, pode substituir com vantagens a fibra de vidro na fabricação de plásticos reforçados, empregados em automóveis ou equipamentos eletroeletrônicos. O novo produto, desenvolvido na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) a partir das fibras do curauá (Ananas erectifolius), já foi patenteado e torna a produção mais barata

Segundo o químico Marco Aurélio De Paoli, coordenador da equipe que desenvolveu a tecnologia, a fibra de curauá, planta cultivada na Amazônia, tem uma série de vantagens em relação à fibra de vidro. "A começar por ser renovável e biodegradável", diz.
   Material extraído de planta
   amazônica substitui fibra de
   vidro com vantagens

Patenteada, nova técnica possibilita a produção de plásticos reforçados e já pode ser transferida para a indústria
MANUEL ALVES FILHO

A fibra de curauá, uma planta nativa da Amazônia e pertencente à família das bromeliáceas, está sendo utilizada por pesquisadores da Unicamp para substituir a fibra de vidro no reforço de compósitos poliméricos. A nova técnica, que já foi patenteada, apresenta uma série de vantagens sobre o modelo convencional. Além de ser cerca de dez vezes mais barata do que a fibra de vidro, a fibra de curauá é biodegradável. Como se não bastasse, também é menos abrasiva aos equipamentos de processamento.
Para completar, o material vegetal ainda possibilita a produção de plásticos reforçados por meio do método de injeção. Este, ao contrário da termoformagem, gera peças mais complexas, que apresentam detalhes como pontas e cavidades. De acordo com Marco Aurélio De Paoli, coordenador da pesquisa e professor do Instituto de Química (IQ), a tecnologia está pronta para ser transferida para a indústria.

Fibra é biodegradável e mais barata
O estudo, conforme De Paoli, teve início com a colaboração da professora Márcia Spinacé, também do Instituto de Química, e com o projeto de uma de suas alunas, Karen Fermoselli, premiada no XI Congresso Interno de iniciação científica da Unicamp, realizado em 2003. A estudante conta com bolsa de Iniciação Científica da Fapesp. Ao longo dos últimos dois anos, De Paoli, Karen, Márcia Spinacé e Carlos Salles Lambert, do Instituto de Física Gleb Wataghin (IFGW), realizaram vários esforços, principalmente no sentido de promover a compatibilidade da fibra de curauá com a matriz polimérica. Isso foi obtido por meio do tratamento com plasma a frio, método de baixo custo e que não gera resíduos. Durante os experimentos em laboratório, os pesquisadores constataram que a fibra vegetal apresentou propriedades mecânicas específicas comparáveis às da fibra de vidro.

Adicionalmente, a fibra de curauá oferece diversas vantagens sobre a de vidro, conforme destaca o professor do IQ. Primeiro, a matéria-prima é obtida a partir de uma fonte renovável, que é a planta da região amazônica cultivada de forma intensiva no Pará. Segundo, trata-se de material biodegradável, ou seja, atenua significativamente a agressão ao ambiente. Terceiro, seu custo é pelo menos dez vezes inferior ao da "concorrente". Quarto, é menos abrasiva, o que causa menor desgaste dos equipamentos de processamento. Quinto, exige menor quantidade de energia para ser processada. "Isso sem falar que a tecnologia, se empregada em larga escala, agregará valor a um produto agrícola que está se tornando importante para a economia de algumas comunidades da Amazônia", ressalta De Paoli. "A fibra de curauá mostrou-se uma alternativa econômica e ambientalmente viável", acrescenta.

O pesquisador lembra que a fibra de curauá já é empregada em tecelagem e reforço de plásticos. Estes últimos, todavia, têm sido moldados por termoformagem, processo que não permite a confecção de peças mais elaboradas. A tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores da Unicamp possibilita que a fibra vegetal reforce os compósitos poliméricos gerados também pelo método de injeção, por meio do qual são obtidas peças de maior complexidade. Como exemplo de aplicação dessas peças, De Paoli cita produtos das indústrias automobilística e de eletroeletrônicos.

No caso da primeira, destaque para o fato do plástico reforçado com a fibra de curauá ser mais leve do que o que incorpora a fibra de vidro. "Isso tende a tornar o carro também mais leve, o que reduz o consumo de combustível", destaca o professor. Em relação ao setor de eletroeletrônicos, o plástico reforçado com a fibra de curauá pode ser empregado na confecção de componentes internos de vários aparelhos. Ainda segundo De Paoli, a tecnologia já foi testada com sucesso e patenteada. Para chegar à indústria, diz, falta apenas que o setor produtivo demonstre interesse. "De nossa parte, estamos prontos para promover essa parceria", completa.

A planta - O curauá pertence à mesma família do abacaxi. Em razão da sua "versatilidade", ela está mobilizando pesquisadores, produtores e técnicos do setor industrial. A planta produz uma fibra que pode ser utilizada na fabricação de tecidos, papel, plástico e até um tipo de anestésico. O curauá é bastante conhecido no Baixo-Amazonas, região oeste do Pará, onde foram feitos os primeiros plantios em escala comercial.

Diferente do abacaxi, a planta não tem espinho, o que facilita o manejo e o corte. O curauá pode ser plantado em solos menos exigentes e, a partir do segundo ano, a colheita pode ser de seis em seis meses. No total, a planta tem um aproveitamento por cinco anos, proporcionando nove colheitas. Cada planta produz entre 20 e 24 folhas, proporcionando perto de dois quilos de fibra. A máquina para beneficiamento do curauá é a mesma utilizada no sisal, planta do nordeste brasileiro. O composto viscoso que sobra do processo de desfibramento, a mucilagem, permite a fabricação de papel. O soro do curauá contém uma toxina que pode ser utilizada para a produção de um anestésico.

FONTE: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/marco2004/ju245pag04a.html

A fibra do curauá é utilizada pelos
moradores de Santarém
A fibra do curauá é utilizada pelos moradores de Santarém na confecção de cordas para armar redes de dormir e cabos para manejo de animais. No ano passado, havia 150 hectares de plantação do curauá na região, onde comunidades locais cultivam o Ananas erectofolius, nome científico da planta, em consórcio com outras culturas, como mandioca, hortaliças e feijão.
Veja a matéria completa no site:
(Gazeta Mercantil/Página C7)(R.F.)
FONTE: http://www.herbario.com.br/dataherb08/1312fibracuraua.htm

Fibra de curauá substitui plástico
Material é opção para indústria automobilística Pesquisa desenvolvida na Unicamp permitirá o uso da fibra de curauá, planta da Amazônia, como substituta da fibra de vidro em compósitos poliméricos usados em peças industriais. A técnica apresenta vantagens sobre o modelo convencional por ser dez vezes mais barata, biodegradável e menos abrasiva aos equipamentos de processamento. O material vegetal possibilita, ainda, produção de plásticos reforçados por meio do método de injeção, que geram peças mais complexas e com detalhes, como pontas e cavidades
Veja a matéria completa no site:
FONTE: http://www2.uerj.br/~clipping/abril04/d02/commercio_fibra_de_caruaru_substitui_plastico.htm

Planta da Amazônia é alternativa para fibra automobilística
A convite do Sebrae e da Embrapa Acre, através de empresários e produtores locais que ouviram falar do curauá, Osmar Lameira, pesquisador da Embrapa no Pará esteve no Acre para avaliar as condições de plantio desta espécie. "O curauá era pouco conhecido pelo fato do seu uso ter sido empregado de forma artesanal. Atualmente, com a descoberta de novos usos da planta e pela pressão que a indústria automobilística sofre para produzir um carro biodegradável, ou seja, a partir de materiais ecológicos as industrias começaram a pesquisar fibras nativas e o curauá foi uma grande descoberta. As fibras são mais macias, leves e resistentes. Hoje ela é usada na fabricação do protetor solar, porta chapéu e das portas laterais dos automóveis." Outros componentes não estão sendo produzidos pela falta de matéria prima no mercado.

Atualmente o Estado do Pará é o único que possui plantios de curauá. Toda a produção já está comprometida em contrato com a industria automobilística brasileira. "O Pará está produzindo 20 toneladas de fibra por mês, enquanto a necessidade da industria automobilística e têxtil gira em torno de mil toneladas de fibra por mês. Se pensar em plantar já tem mercado".

Veja a matéria completa no site:
FONTE: http://www2.uol.com.br/pagina20/01052005/sebrae20.htm

PESQUISA ENVIADA POR ALEXANDRE RISTOFF



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