Quem passa rápido pelo Aterro do Flamengo não percebe a imponência
de um dos mais importantes parques da cidade. O Aterro do Flamengo, ou
Parque Brigadeiro Gomes, celebra 40 anos de diversidade e beleza.
A idéia de criar a área, ampliando o bairro do Flamengo, surgiu em 1951.
Anos depois, o então governador da Guanabara, Carlos Lacerda, assumiu o
projeto. Mas ele seria bem diferente.
A idéia original do Parque do
Flamengo seria desafogar o trânsito, que já começava a se tornar um
problema para a cidade. Seriam construídas pistas de alta velocidade,
ligando o Centro à Zona Sul.
Não haveria qualquer jardim.
No entanto, a interferência de uma carioca mudou o projeto original.
Lota Macedo Soares era uma socialite da época.
Como tinha influência com os políticos, deu a idéia da criação de um
parque no lugar onde haveria apenas espaço para carros.
A filha adotiva de Lota, a empresária Monica Morse, era uma criança,
mas lembra a batalha que foi para tirar o projeto do papel.
"Tudo foi muito difícil - desde o início até o final.
Uma das grandes lutas dela era conseguir verbas. Ela realmente correu
atrás de um sonho", conta Monica.
Da altura e o estilo dos postes até a
distribuição das plantas pelo jardim, Lota palpitava sobre tudo e
acompanhava as obras de perto.
Para fazer o aterro, foi preciso lançar no mar grandes blocos de pedra.
Eles formaram uma espécie de dique. Depois, bombas de sucção jogavam
areia do fundo da Baía de Guanabara para substituir a água represada
e assim formar o parque.
As plantas são um capítulo à parte.
O solo de aterro teve que ser trabalhado para receber
as centenas de espécies diferentes.
O paisagista Roberto Burle Marx,
morto em 1994, dava preferência à vegetação brasileira.
Ele buscava agrupar as plantas por espécies.
O pau-brasil e o abricó de macaco são apenas exemplos do que
compõe esse patrimônio da cidade.
FONTE: Histórias do Rio -Site RJTV- REDE GLOBO
PESQUISA ELABORADA POR: Neyla Bontempo