Paquetá é um bairro da Zona Central do município do Rio de Janeiro, no estado homônimo, no Brasil, que reúne diversas ilhas na Baía de Guanabara, sendo a maior delas a Ilha de Paquetá, um tradicional recanto turístico da cidade do Rio de Janeiro, a poucos minutos da agitação da metrópole, habitado por população de classe média na sua maioria.

O bairro possui infraestrutura turística com hotéis, restaurantes, hospital, policiamento, comércio e serviços.
Situada no fundo na Baía da Guanabara, Paquetá é um bairro da cidade do Rio de Janeiro formado pela Ilha de Paquetá e por outras pequenas ilhas no interior da baía de Guanabara: Brocoió, Braço forte, Redonda, do Manguinho, Comprida, dos Ferros, Casa da Pedra e das Folha, além de outras ilhotas e rochedos situadas entre elas.





A Ilha de Paquetá, que dá nome ao bairro, tem 8 Km² de área e dezenas de pequenas praias, sendo 15 as mais conhecidas e frequentadas. Outro destaque é a Ilha de Brocoió, ocupada pela residência oficial de férias do governador do estado do Rio de Janeiro.
O arquipélago fica muito próximo da única área remanescente de manguezais da Baía, a 10 minutos da entrada de Magé pelo mar, ainda preservada e significativa, com fauna e flora ricas.

A Ilha de Paquetá foi descoberta em 1555 pela expedição francesa fundadora da França Antártica.
A ilha já era habitada pelos índios tupinambás, que viriam a ser conhecidos também como tamoios.
Estes chamavam a ilha de Paketá, que significa "muitas pacas". Somente em 18 de dezembro de 1556 o rei francês reconheceu a descoberta de André Thevet, cosmógrafo membro da expedição francesa, sendo essa data até hoje considerada como aniversário da ilha.

Com a vitória dos portugueses contra os franceses, na disputa pelas terras da então França Antártida, a ilha passou para o controle dos vencedores que, em 1565, mesmo ano da fundação da cidade do Rio de Janeiro, a dividiram em duas sesmarias.

Depois de expulsar os franceses da Baía de Guanabara, Estácio de Sá tratou de dividir a ilha em duas sesmarias e as entregou a dois companheiros de viagem: a primeira foi para Inácio de Bulhões (Campo) e a outra para Fernão Valdez (Ponte).

Em 1697, foi construída a Capela de São Roque, padroeiro da ilha.
No século XIX a ilha caiu nas graças do Império: foi local de hospedagem frequente de D. João VI, no Solar Del Rey (hoje a biblioteca pública).

Ali também viveu seus últimos anos o político e naturalista José Bonifácio, cuja residência ainda existe, preservada e em uso.

O bairro, que já pertenceu ao município de Magé, foi incorporado à Corte em 1833.
Durante a Revolta da Armada, em 1893, a ilha foi ocupada durante seis meses pelos marinheiros sublevados, o que ocasionou diversos prejuízos para a população local.
Até então a ilha não tinha uma controle certo, vivendo basicamente de pesca e troca dos pescados por outros produtos no porto.

No período da Guanabara (1960-1975) a ilha passou a ser administrada em conjunto com a Ilha do Governador e a Cidade Universitária, na então subprefeitura das ilhas.
Em 1981 foi estabelecida como um bairro autônomo, pelo prefeito Júlio Coutinho, e passou a ter sua própia região administrativa, sendo também desincorporada da Zona Norte e tornando-se o bairro mais distante da Zona Central do Rio.

O isolamento geográfico e a legislação de caráter preservacionista que sempre regeu a ilha contribuíram para que boa parte do acervo arquitetônico do bairro e do Rio Antigo fosse preservado.
Nos últimos anos, Paquetá tem sido uma opção para quem busca lazer e tranquilidade sem se afastar muito da cidade.
Conhecida como Ilha dos Amores, a Ilha de Paquetá vem sendo procurada por artistas, poetas e outros adeptos de uma vida mais tranquila e comunitária.

Um dos destaques é a Casa de Artes de Paquetá, inaugurada em 1999 e pioneira nas ações que atualmente movimentam a vida cultural do bairro. A Casa de Artes tem exposições permanentes e temporadas de música clássica, jazz e outros gêneros. O espaço mantém ainda uma Orquestra Jovem, com apoio das leis de incentivo à cultura.

Outra vocação de Paquetá são os programas ao ar livre, em especial no Parque Municipal Darke de Mattos, onde é realizado o encontro cultural Domingo no Darke, com apresentações teatrais, mostras dos pequenos ateliês de artesanato locais, gastronomia, dança e música.

Alguns bares oferecem sessões de cineclube e debates. O Iate Clube de Paquetá tem festas e bailes aos sábados, com destaque para as festas tipo flashback. A vocação do bairro para o turismo cultural e ambiental ainda comporta a edição de eventos na praia – como torneios de vôlei e futevôlei – e esportes náuticos.

E as praias da Guarda, mais popular; e da Moreninha, cenário do romance de Joaquim Manuel de Macedo, que imortalizou Paquetá na memória cultural do povo brasileiro.

Fonte: Transcrito da Wikipedia